Ehlers-Danlos e Hipermobilidade I

Síndrome de Ehlers-Danlos é o nome pelo qual se conhecem um grupo heterogênico de enfermidades hereditárias do tecido conjuntivo, caracterizadas por hipermobilidade articular, hiperextensibilidade da pele e fragilidade dos tecidos.

As pessoas que sofrem de SED (Síndrome de Ehlers-Danlos) têm um defeito em seu tecido conjuntivo, que é o tecido que mantêm unidos entre si os demais tecidos do organismo e proporciona sustentação e apoio a muitas partes do corpo, como a pele, as articulações, os vasos sanguíneos e os órgãos internos. A maior parte das anomalias encontradas até o momento nas pessoas com SED é causada por defeitos nas enzimas encarregadas da síntese do colágeno, que é uma proteína que atua como uma “cola” no corpo, dando fortaleza e elasticidade aos tecidos.

A SED com freqüência passa despercebida e os pacientes são tratados por problemas relacionados com a enfermidade sem que o profissional de saúde tenha em conta a patologia subjacente, por isto os especialistas crêem que a SED é na atualidade uma doença subdiagnosticada.

Mais ainda, até 1997, a dor crônica e o cansaço (fadiga crônica) que acompanham com freqüência a SED não se tinham em conta e para muitos pacientes se dizia que estava tudo em sua mente e/ou que acostumaram a viver assim. Infelizmente essa atitude ainda prevalece entre muitos membros da classe médica. Assim mesmo se pensava e ainda se pensa que as freqüentes e recorrentes luxações e /ou subluxações, torções, roturas de tendões, ligamentos... e outras conseqüências diretas da hipermobilidade articular, são devidas à inabilidade ou imprudência da pessoa que as sofre.

Tradução de texto encontrado no site da ASEDH (Asociación Síndromes de
Ehlers-Danlos e Hiperlaxitud): http://asedh.org/queessed.php